quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Belle Soares - A Artista do Novo Milenio

A Artista do Novo Milenio
Por João Lenjob

Ela é plenamente diferente do habitual, talvez pelo enorme talento. Também diferente do usual ou casual, talvez pelo energético carisma. E ainda diferente de tudo, tudo mesmo, porque a vida foi generosa com ela e com quem teve a oportunidade, ou digamos, privilegio de vê-la tocar e ouvir seu grande dom musical por aí. A ainda menina, de traços lapidados e pele morena levemente bronzeada, com face muito delicada e longos, lisos cabelos negros e assim, como uma menina, mas quase deusa, ela simplesmente cintila nas praias de João Pessoa, desfilando seu figurino leve, de um vestido colorido, mas singelo e estampando a emoção nas retinas com o brilho irradiante de seu violino. Detalhe: sem jamais perder o charme, o carisma, o encanto, o tempo da música, o ritmo e o swing mais brasileiros de todos. Pode ser espantoso, mas ela faz isso dançando, sorrindo, brincando e posando para fotos com turistas e fãs. Ela é Isabelle Soares, violinista paraibana, de apenas 19 anos, e que já está se tornando marcante nos lugares onde se apresenta.

“A Belle une voz, o talento de instrumentista e talento coreográfico. Multimídia, cabe em vídeo, além de áudio e ainda super cantora. Ela é a artista do novo milenio”
Marcus Viana

A doçura é sua marca registrada, característica totalmente perceptível em seus olhos. Brincalhona, vaidosa, sorridente, extrovertida, agitada são outras. Belle, como é conhecida, estava em uma de suas apresentações na Praia de Jacaré, na Paraíba, até que seu feitiço foi lançado em Linda Saab, turista mineira, que passeava por lá, que com olhos e ouvidos muito apurados e ciente da transformação que poderia causar à arte brasileira não tardou em esperar. Prontificou-se a chamar a violinista num canto, pronta para mudar a vida dela. Em algumas semanas, super ansiosa, a senhorita e dama do violino desembarcava com seu sorriso tímido em Belo Horizonte, portando sua ferramenta musical de serviço, para gravar seu primeiro disco, mas com ninguém menos que Marcus Viana, um dos mais importantes, renomados e reconhecidos músicos brasileiros, com carreira e talento brilhantes. Fui, pelo Versos e Traços-Mulher ao Volante, acompanhar bem de perto esse rico processo. E como era de se esperar: também fui enfeitiçado, mas pela familia que ali se encontrava, com o carinho de Saab, a sabedoria de Viana e o talento de Soares, que eram compartilhados sucessivamente durante todo o meu tempo presente com eles. Eram quase confundíveis pai, mãe e filha, mas o que profissionalmente se tornou realidade. As notas musicais dançavam praticamente sozinhas nos diálogos que presenciei.

“Aos sete anos eu vi uma amiga tocar violino e fiquei muito encantada. Foi amor a primeira vista”
Belle Soares

A paraibana começou a carreira ainda criança, aproximadamente com sete anos, e fez escola pra chegar aonde chegou. Tem formação musical sólida no currículo. Ela se encantou com o violino ao ver uma amiga tocar e escolheu esse instrumento, menor e mais fácil de transportar do que um piano. Disse gostar muito do trabalho do produtor e músico mineiro e citou como marca a canção A Miragem, que ficou conhecida como tema da novela global O Clone. Falou do amor que sente por Minas, em especial por Belo Horizonte, cidade que conhece há muito tempo e onde se sente em casa. Também comentou sobre a experiencia de gravar seu primeiro disco e de sua emoção. Ela sabe que vem outros, muitos outros. Conhece humildemente seu potencial para isso. Ela se referiu às nipônicas Sara Chang, que a inspirou musicalmente, e Vanessa Mae, pelo estilo pop e coreográfico de se apresentar. A nordestina tem de fato uma bagagem musical apurada e conhecimento e experiência suficientes para aproveitar as chances que poucos artistas, no decorrer de uma carreira inteira, têm. Com sua música envolvente e com seu carisma no palco, tocando, dançando, cantando ou conversando, ela já demonstrou ter consciencia da responsabilidade e dos desafios que enfrentará de agora em diante. A Música Brasileira ainda vai agradecer muito ao Nordeste, à Paraíba, o brotar dessa artista do Novo Milenio. E nós também.

Fotos e Video: João Lenjob
Edição de fotos: João Lenjob
Edição de Video: Libélula

sábado, 25 de julho de 2009

Saudade

Saudade mesmo! Este portal agora vai ficar interativo e aberto. Comecei com a Andreza numa brincadeira e a coisa ficou seria.

Neste momento o "Versos e Traços" é componente do "Mulher ao Volante", da Uol. Fomos convidados pela modelo e piloto Valéria Zoppello e já estamos montando a equipe de Minas. Dentre os quais já temos os escritores Ana Letícia Costa, Thiago Quintella Alê Quites, os publicitarios Paulo César Souza e Ana Cláudia Ramos, o psicólogo Reinaldo Soares e a atriz, jornalista, escritora Suelen Ogando a jornalista Lívia Assis e os Designers Eduardo Candian e Mima Cafer. E vem mais.

Felicidades Totais!!

João Lenjob e Andreza Nazareth

De Nome José

De Nome José

Comercio e multidão
Passeio central
Meio às paralelas
Afonso Pena por aí.

Bancos, cinema, noite
Loterias, sinais
E assim se explora o verde mediano.

Loterias, lanchonetes
Visão progressiva nas meias
Calor, pessoas, lotação
Prefeitura, correio e Palácio.

Dedica-se assim o canteiro central
Vendo flores que fazem da Bahia subir
Enquanto o Espírito Santo encosta na catedral
De nome José
Dum lugar onde estados entrelaçam tribos
A sopa capital está pronta - e deliciosa.

Ladeando um parque chamado Municipal
A vida imita a vida que "reemita" o inicio da vida
No mesmo centro das passarelas
De um inesquecível canteiro central
Que num belo horizonte tudo se observa.

Texto: João Lenjob

Arte: Andreza Nazareth

Vou Te Encontrar

Vou Te Encontrar

Eu vou te encontrar
Na terra,
Na água, vou te encontrar
Escondida, tão rara
Preciosa, vou te encontrar
Em todas as 'minas'
Em todas 'gerais'
Tão preciosa, vou te encontrar
Tão bela, lapidada, brilhante
Eu vou te encontrar
Ou mesmo que sobre a enstante
Enfeitando e sorrindo aos desconfiantes
Eu vou te encontrar
Minha pedra, joia rara.

Texto: João Lenjob
Arte: Andreza Nazareth

Círculos

Círculos

Círculos aos olhares
Ondas que correm aos céus
E brincam de cair no chão
E de voltar aos céus
Numa forma concreta de sonhar
Ou num jeito poético de desenhar
Círculos que encostam na vida
E jorram cintilantes a arquitetura
Na mineiridade capital
Na graciosidade abstrata
Na tão nobre e evidente escultura
Parábolas que pulam ao vento
Fazendo inertes as atenções
Circulando todos os corações.

Texto: João Lenjob
Imagem: Andreza Nazareth

Soneto no Coreto

Soneto do Coreto

Eu coro com a maior alegria
E a gente no coro de prazer
Do coreto, a tão bela praça
No soneto feito de graça.

A gente circula em compasso
A gente se esbanja na saudade
A melodia que tem sinceridade
É a dos versos que feliz faço.

E a gente cintila no ar, dança
Faz a vida parecer uma criança
Escreve poesia e nunca se cansa.

Faz na noite a valsa mais bonita
A serenata marcante e bendita
E a Belo Horizonte sempre infinita.

Texto: João Lenjob
Imagem: Andreza Nazareth

Liberdade

Liberdade

A liberdade que serviu quimera
Quisera em outrora esquecida
Com a dedicação de tantos sonhos
E a imaginação que não coubera
Quisera o meu amor tão infinito
Repleto de esperança e vida intensa
Que contornando a vida em belos traços
Quisera os traços virarem poesia
Da liberdade em hino vão, constante
Em sonho inconfidente, são e eterno
Passada a luz do dia, todavia
Vertencias das vertentes sempre mais
Quisera o meu amor nascer de novo
Sem a liberdade de um encanto só
Quisera eu não pudesse amar de novo
Mineiro tanto sou, tanto escolhi.

Texto: João Lenjob
Arte: Andreza Nazareth

Biblioteca

Biblioteca
(Biblioteca Municipal de Belo Horizonte)

O universo em versos
A beleza em literatura
Os sonhos e também as almas
A arte e toda cultura
À Minas de forma mais pura
E um conjunto repleto de palmas
As letras que falam de amores
Parágrafos cheios de cores
Estrofes coberto de flores
Os pensamentos e também as falas
O teatro até quando em calas
As melodias e os mil sorrisos
As harmonias de tantos paraísos
Assim pra cada inspiração
Cada livro, biblioteca
Cada afeição de prazer
Desenhada na nobreza de ler

Texto: João Lenjob
Imagem: Andreza Nazareth

Palacio

Palacio



O meu horizonte é belo


Minha arte é um palacio

Minha vida é tod’alma

Como é grande o coração

E quando eu escrevo a alma

É de lá do coração.



Canta passarinho

Em qualquer lugar

Canta que é beleza

Pro mundo ecoar.



O meu mundo é singelo

Minha canção palacio

Minha cachaça é uma calma

Pra fazer uma canção

Eu preciso só de calma

Pra tocar uma canção.



Faça-me um desenho

Do que eu tanto escrevo

Faça a nossa terra

Primos versos e traços.



Nosso esquema é paralelo

O pensamento palacio

Lá onde eu bato palma

Para sua dedicação

E recebo a sua palma

Por abrir meu coração.



Palacio das artes

No belo horizonte

Eu escrevo uma canção

Você desenha a minha alma.





Texto: João Lenjob

Imagem: Andreza Nazareth

Cura

Cura

Pura,
Como é gentil a sua natureza
Que faz a minha iris se molhar
E satisfaz meu coração.

Escultura,
Como parece a realeza
Deixa minha vida balançar
Tendo-me por toda realização.

Cura,
Posso chamá-la de beleza
Posso seu beijo alcançar
E cativá-la com dedicação.

Texto: João Lenjob
Imagem: Andreza Nazareth

Meu Sangue

Meu Sangue

No meu sangue corre seu corpo
Sereno, nu, expressivo
Corre perdida, por mim porém encontrada
Querendo no entanto o meu encontro
Sabendo que está em minha vida
Amando e sendo amada
Sempre querida e sempre querendo
Em meu sangue você mergulha
Se embebeda e entontece
No vermelho vivo de minha vida vive
Como se fosse única
A única dona do meu sangue.

Texto: João Lenjob
Imagem: Andreza Nazareth

O Meu Presepio

O Meu Presepio



No interior, o meu presepio

O sentimento longe e tudo perto

A tristeza é pauta

E a poesia pintada é bem mais

Sempre desenhada, desejada e tão rara

A imaginação que nunca é inerte

A pureza em sonhos é frequente e inteligente

O primor da alma que traduz o ser

O amor na ternura e na dedicação conduz cada fazer

Conduz à eternidade, a lembrança, criança e o viver.

A Menina que Dança

A Menina Que Dança



Dança, chega, roda o vestido

Dança, viva, moça bonita

Dança, encanta, sou todo atento

Dança e baila no céu

Brinca com o ar

Iluda o olhar

Meu aprecio.



Dança, envolve, cria o sorriso

Dança, faz o meu olhar paraíso

Dança sobre o tom do infinito

Dança, desenha o céu

Escreva o ar

Mude o olhar

Concentração.



Texto: João Lenjob

Imagem: Andreza Nazareth

Como Se Não Soubesses

Como Se Não Soubesses
João Lenjob

Se hoje tento conhecer-te
Também tento me entender
Sei que aqui voltarás
Irei te receber, podes crer
A casa é tua, sempre foi
Não há rancor algum.
Se tua luz não me cativou
Mesmo com o teu sol
Mesmo com belo figurino, enfim
Sei que algum avisou impressinou
E sei também que não feriu
Só em mim as palavras que citei
Até doeu meu coração
Assim fico a esperar tua atenção
Que venha ao menos diminuta
Fico a aguardar um abraço teu
Como se não soubesses mais
Penso no acontecerá
Tardo-me com um triste fim
Pois sei que não.

Texto: João Lenjob
Imagem: Laz

Estrada da Alegria

Estrada da Alegria
João Lenjob

O caminhãozinho
O caminhãozinho
O foguete e o coração
Vou rodar na estrada da alegria
E vou brincar bem de montão
Vou sorrir com companhia
E ter boa sensação
Quero ver o seu sorriso
Quero ter sua atenção
Vou de noite e vou de dia
Vou pular na asa do encanto
E vou cair no vento da fascinação.
Texto: João Lenjob
Imagem: Laz

Transformação Florida

Transformação Florida
João Lenjob

Parte I
Desfile para mim, menina,
Princesa, surpresa, querida,
Desfile teu encanto, divina,
Tão nobre presença em vida.

Passe por aqui novamente
Meu peito, que és a semente,
Passe por aqui, assim graciosa
Tão bela, puramente saudosa.

Parte II
És aquela que faz não parecer que falta amor
Que transborda o sonho na retina da gente.

És aquela que cria a saudade, minuto saudade
Que transforma a íris no sonho da gente.

És o esboço mais preciso da natureza em paz
Da infinito horizonte em transformação florida.
Texto: João Lenjob
Imagem: Laz

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Croqui

Croqui

Sim, porque te procurei
Assim, te elaborei
Moldei teu jeito ao jeito meu
Sim, porque assim sonhei
Assim, até te desenhei
Me encontrando e te encontrando
Enfim,
Até que te encontrei
Para mim, porque visualizei e esperei
Como um croqui, e até te vesti
Colori, como uma aquarela em mim
Meu peito, jeito, conceito,
Por fim,
Te conquistei sim
Assim, Casei-te em mim enfim, assim
Porque eu te amei sim
Até te levei comigo pra uma vida que não tem mais
Fim.

Arte: Laz Muniz
Texto: João Lenjob

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Dose Dupla

Dose Dupla

Vou desarrumar
E brincar de arrumar
Vou desorganizar
E me encontrar nos meios
Nos versos cabiceiros
Tênis ora chão
Amor ora ternura
E cheio de emoção.

Vou colorir
E depois apreciar
Assim caminha a visão
Da cama concentrado
E sem orientação
A lua e o sol dá me a razão
Dose dupla com dedicação
E a lembrança da pelada ao chão.

Arte: Laz Muniz
Texto: João Lenjob

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Esculpida

Esculpida

Mais esculpida, trabalhada e exaltada não há
Mais lapidada, escolhida e endeusada também não há
Como mais certo pensar no céu, lembrar do mar
E desvendar a natureza de uma respiração ofegante
Talvez uma paixão desonrteante ou um momento de paixão
Mas certo estou de um encanto que nunca se destaz
Um traçar de teus passos que faz o bem, meu bem
E assim escolho os teus sonhos só para mim
E teus olhares para mim
O que não muda quando se faz, se brota, se gosta
Ou simplesmente, se cria.

Arte: Laz Muniz
Texto: João Lenjob

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Na Sala

Na Sala

É nesta sala que te bebo
E te alimento em um sentimento e paz
E assim me alimenta alma com teu perfume
E muito ciúme de um sonho a mais, bem mais.

É nesta sala que vivo a escrever-te
E olho as paredes querendo esquecer-te
Ou peço a lua para que te busque
Que tenha alguma chance para te amar.

E é esta vida que eu tento não viver
Um pesadelo que jamais quero sonhar
E da vida distante que vivo a aprender-te
Ou o mundo na janela que vivo a procurar-te.

É esta flor que eu te substituo
É aqui sentando que te amo triste.

Arte: Andreza Nazareth
Texto: João Lenjob

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Dogma de Pescador

Dogma de Pescador

Sobra tempo
Falta luz
E sem isca
Há muito amor
Sobra frio
Aqueço de calor
E encho de esperança
A vara é atenta
E a água inerte
E fito lado a lado
Os grilos cantam
Corujas brincam
Os peixes ariscos
Nada aparecem
E na minha cola
Com a luz da lua
Lembro do meu amor
Que nunca pesco
E sempre espero.

Arte: Andreza Nazareth
Texto: João Lenjob

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Me Esperando

Me Esperando

Bom ver-te assim me esperando
E com tua ternura, me esperando
Bom sentir teu aroma
Bom saber da saudade
É tão bom saber que me amas
E eu te amo
Bom chegar de surpresa
E ter-te já tão despida
E tão nua é a tua beleza
Minha flor maior
Quero tocar tuas costas
E rever teu sorriso
Me fitando,
Me vivendo, me amando.

Arte: Andreza Nazareth
Texto: João Lenjob

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Na Janela

Na Janela

Que venha o luar
E te acompanhe em meu pensamento
Com o alívio que me chega na janela
E uma esperança a mais que um dia voltes
Procuro então alguma forma de te esquecer
E não mais sofrer, chorar, ou deste canto precisar
Porque queria um pouco mais
Faltou um pouco mais,
Talvez não o amor,
Mas um pouquinho da tua alegria
Do teu afeto, laço, carinho
Ou pelo menos um pouco mais de tua presença.

Arte: Andreza Nazareth
Texto: João Lenjob

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Injustiça

Injustiça

Eu não cuidei do meu amor
Mas minha mesa eu hei de delegar
Se foi justiça a minha dor
E o que posso ainda advogar
Na minha vida o fim foi surpresa
E sem a beleza de um sentimento enfim
Se sou prestígio me adoro
Mas não tenho alguém pra me adorar
Se minha renda anda bem
Sinto a saudade de alguém para lembrar
Se não bastasse o que sou
Alguém precisa entender
Se é justiça eu trabalhar
Ou se é justo eu não amar.

Arte: Andreza Nazareth
Texto: João Lenjob

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Tuas Lembranças

Tuas Lembranças

Se me deixaste com a dor
Posso beber e dela me esconder
Se pretendias ter-me a sofrer
Ainda posso beber
Se no meu mundo não tenho-te mais
Tenho muito mais a fazer
Se não consigo esquecer-te
Posso tentar não chorar
Eu me acato com tua ausência
E me embebedo de tuas lembranças
E me satisfaço com as recordações de amor
E a noite ainda me traz prazer
Mesmo na tristeza e na solidão
Mesmo sem ter-te e tendo sempre.

Arte: Andreza Nazareth
Texto: João Lenjob

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Sou da Vida

Sou da Vida

Olho com um prazer que zelo tanto
Quero-te com um dever que por enquanto
(Não aparece outro - Não cresce a fila)
Não desonro o meu nome, pois não o tenho
Esqueço-te outro dia mesmo te tornando eterno
Pois me foste durante à noite que esperei a beber
Então desejo-te todavia e até me arrisco numa poesia
Pois sou da vida, mas sei ler, escrever
Sou mulher de uma noite que pode ter sido a a tua maior
E agora num desabafo olho-te, tentando esquecer-te
Enquanto não me olhas novamente a minha mesa de bar é a maior
E a minha bebida saceia a vontade de ter-te mais uma vez.

Arte: Andreza Nazareth
Texto: João Lenjob

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

As Casas

As Casas

Eram casas, tão companheiras
Que ditam tudo e não são nada
De um espaço, sereno, dicreto e puro
De uma noite que nunca passa
Se são igrejas, cômodos, lojas eternas
Museus, hotéis, chalés, são tanta coisa
São diferentes e tão iguais
São somente nossas e universais
No vira dia, que tão escuro
Eu aprecio, as tais das casas
Elas parecem me olhar contentes
Pois que escrevo a poesia
Que elas fazem, que elas são
Tão desenhadas, vivas e reais.

Arte: Andreza Nazareth
Texto: João Lenjob

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Mulher Triste

Mulher Triste

Preciso entender-te
Porque estais assim
Sozinha, melancólica;
Será se estais tão triste
Talvez somente embriagada
Ou se comemoras, feliz e apaixonada?
Teus olhos não me olham
Não fazem planos
Não fazem, trazem ninguém
Quem sabe outros como os meus acompanham-te
E se percebem tua impressão de medo e de ferida
Se guardaste só segredos de tua vida.
Queria algo pra fazer e ter-te a impressionar
Em busca de uma solução prazerosa
E sem querer ver-te a assim tanto beber
Sem motivos e sem parecer mais nada
Se nem ao menos sei se percebes em mim
E sutilmente com um sorriso escondido
Da minha preocupação que tenta e não desfaz.
O sentimento meu
Escondido, solitário, mas só meu
E com meu copo até divido a tua dor,
E assim então participa do momento
Não sinto bem com sua melancolia em mim
Mas minha solidão talvez é que impressiona
E sinto por fim a tua solidão também.

Arte: Andreza Nazareth
Texto: João Lenjob

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Mulher Nua

Mulher Nua

Aonde vais amor?
A cama é grande e a noite infinita
No nosso amor a correspondência é mais bonita
Que assim traduz a satisfação que tens.

E eu tão atento,
A apreciar-te e tão generosos traços
Braços cruzados e silenciosos, paulatinos passos,
E o sorriso que esqueceste de me dar.

Que não demores.
Pois esfriaste o espaço carinhoso,
Do nosso afago tão presente, gostoso e poderoso,
E o beijo intenso que ainda hei de procurar.

Arte: Andreza Nazareth
Texto: João Lenjob

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Noite de Gatos

Noite de Gatos

Na noite escura
E tão escura
Somente um foco
De luz ali
Lua crescente
E de papel
Tão engraçada
Que a noite ri
A casa inerte
Lixo invadido
E quatro gatos
Cantando o mi
Um assustado
Já no latão
No topo da casa
O amor miau
Enquanto isso
Um se diverte
No seu telhado
Tá nem aí,
E nós aqui
Apreciando
Uma história
Talento, nanquim

Arte: Andreza Nazareth
Texto: João Lenjob